Na chuva, no vento, no frio ou no calor, pilote seguro

As condições climáticas podem fazer uma enorme diferença em uma viagem de moto

| ICARROS


Em um passeio ou viagem em duas rodas, a mudança de tempo é algo difícil de se prever com total certeza e, por isso, é melhor estrar preparado. Confira a seguir algumas dicas dos especialistas da Harley-Davidson do Brasil para uma pilotagem segura em diferentes situações. 

Leia mais: + Como escolher o capacete ideal? + 10 dicas para você lavar sua moto corretamente + Dicas para revisar os freios de motos com atenção

Na chuva 

A chuva durante a viagem não chega a ser um grande problema, se, no final do caminho, você puder parar e se secar – e, claro, se não estiver muito frio –, mas o melhor é não se molhar.

Por isso, vale muito investir em uma boa capa de chuva, assim como em botas e luvas impermeáveis. E, quando vesti-las, cuide de fechar tudo muito bem para não sofrer “infiltrações” e terminar ensopado.  

Mas, claro, a segurança vem na frente do conforto e, com chuva, essa segurança tem como item básico a tração e os pneus são – literalmente – a base de tudo, além, claro de dominar a técnica de pilotagem e de ser cuidadoso em dobro.

Além disso, vale lembrar que pilotar na chuva cansa muito mais, inclusive mentalmente. Por isso, não force, pare sempre que puder para descansar e evite seguir à noite. 

Antes de sair, confira se a banda de rodagem dos pneus está em condições apropriadas para conduzir a água para fora da área de contato da borracha com a pista.

As estradas ficam mais escorregadias no começo da chuva forte, especialmente quando ela acontece depois de muito tempo de estiagem.Nesse caso, a água “solta” o óleo aderido ao asfalto, formando uma camada escorregadia na superfície, principalmente no meio da pista.  

Na chuva, o conhecido ditado “devagar se vai ao longe” é um dos melhores conselhos. Reduza a velocidade e faça tudo de forma mais gradual: acelerar, frear, virar.

Procure não ter rações bruscas e se mantenha a uma distância segura dos outros veículos. Redobre também o cuidado com superfícies escorregadias – como os tampões de bueiros e trilhos no cruzamento de ferrovias. Nesse caso, tente posicionar a roda em um ângulo de 90 graus. 

No vento 

Uma rajada de vento cruzado, de forma inesperada, pode ser assustadora. Sabendo como reagir, no entanto, não há motivo para pânico. Vamos às dicas:  

1 - Relaxar. Quanto mais se lutar contra o vento, mais ele reagirá contra o motociclista. Procure não acelerar nem desestabilizar a direção.

Saiba reagir corretamente, “contra-atacando” o vento. Se a rajada vier da esquerda, incline-se para ela empurrando um pouquinho o guidão do mesmo lado. Em caso de vento constante, mantenha uma pressão constante, mas sem exageros, somente o suficiente para compensar a força do vento e manter a direção correta. 

2 - Ajuste seu posicionamento na estrada de acordo com o necessário. Tudo bem que seguir pelo terço esquerdo da pista é a regra, mas isso não serve para qualquer situação.

Por exemplo, se um vento constante vier da direita e fizer com que você se sinta sendo empurrado no sentido contrário, vale considerar uma pequena margem de erro, indo para o terço direito da pista.

Faça isso com cuidado redobrado, porque, nessa posição, você ficará menos visível para os motoristas que vão à frente, especialmente caminhoneiros.  

Faz calor 

Desidratação, estresse térmico e insolação são males que podem até matar um motociclista desatento (ou teimoso). Além disso, no calor intenso, o asfalto costuma apresentar manchas de piche derretido, que são bem escorregadias.  

Primeira dica: levar água e uma daquelas bebidas tipo isotônico, para que você possa parar para se hidratar. E se o calor for extremo, procure beber um pouco mais do que sua sede pede.  

Segunda dica: para se refrescar, use uma bandana (faixa de pano) molhada em torno do pescoço ou mesmo sob o capacete. Outra coisa que funciona é mergulhar sua camiseta na água fria e tornar a vesti-la. Um “colete de hidratação” pode ser uma grande ajuda também. 

Terceira dica: não deixe sua pele exposta ao sol quente, que pode levar a algo mais sério que uma queimadura solar. Ande protegido, ao menos por uma camiseta leve, de preferência de core clara e tecido sintético, com mangas compridas. Ela ajuda a refletir os raios do sol e a diminuir a perda de água do corpo. 

Quarta e última dica: preste muita atenção a si mesmo. Fraqueza, tontura, confusão, náusea e/ou problemas respiratórios são sintomas de estresse causados pelo calor.

Para logo, vá se refrescar à sombra e beber bastante líquido para se reidratar. Se os sintomas não diminuírem logo, procure ajuda. Não volte à estrada enquanto não tiver se recuperado totalmente. 

Faz frio 

Quando for pegar a estrada e a temperatura estiver baixa, procure se vestir “em camadas”, escolhendo roupas que você possa tirar ou colocar de acordo com o frio.

Uma boa dica é começar com uma segunda pele de tecido térmico ou lã, que vai afastar a umidade de seu corpo. Depois coloque uma ou mais roupas de lã e, por cima, use um agasalho do tipo corta-vento, impermeável e respirável. 

Pilotar sob o frio exige ter um cuidado especial com aberturas na roupa, especialmente nos pulsos, tornozelos ou em torno do pescoço.

Use luvas corta-vento que se fechem sobre as mangas da roupa, para barrar a passagem do vento e, claro, usar botas de cano alto é fundamental. Optar por capacetes fechados e uma balaclava – ou envoltório de pescoço – vai ajudar a manter seu queixo e pescoço aquecidos. 

Tudo bem que para-brisa ou carenagem não são uma unanimidade, mas eles fazem uma grande diferença para viagens no frio. Se puder – e isso for compatível com a sua moto – escolha um que seja removível, para poder deixar o vento passar quando estiver calor.  

Em temperaturas mais baixas, especialmente em viagens por países mais frios, tenha atenção especial às manchas de gelo. Mesmo que os termômetros estejam acima de zero, restos do gelo da madrugada podem ter ficado pela pista e, especialmente, em pontes, pontos que não recebem a luz do sol e áreas mais baixas da estrada.

Esses são lugares em que a água costuma se acumular e congelar, demorando para derreter e, às vezes, camadas de gelo assim não são visíveis. 

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