Edil Luiz da Silva prestourevelantes serviços à cultura

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Edil Luiz da Silva. Foto: Reprodução/O Progresso

O professor Edil Luiz da Silva, que morreu na segunda-feira em Dourados, prestou relevantes serviços à cultura de nossa cidade, principalmente na década de anos 80.
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Edil era filho do pioneiro Camilo Ermelindo da Silva e de Purcina Luiz da Silva.
Funced
Na administração do prefeito Luiz Antônio Gonçalves, Edil exerceu o cargo de diretor Cultural da Fundação Cultural e de Esportes de Dourados (Funced), onde prestou relevantes serviços ao setor cultural da cidade.
Edil coordenou vários projetos desenvolvidos pela Funced, dentre eles, o Pixinguinha, que marcou época nos anos 80; a Rede Nacional de Música; Encontro de Cantores Sertanejos; Encontro de Corais; Encontro de Artesãos, enfim, inúmeras ações que fortaleceram a cultura naquela marcante década.
Antes da Funced, Edil atuou também na Secretaria de Educação, na administração do prefeito José Elias Moreira. Ele exerceu o cargo de diretor do Departamento de Assuntos Culturais.
Nas duas administrações, Edil também teve papel importante na realização da tradicional Festa Junina de Dourados. Foi um incansável batalhador para que tudo ocorresse dentro do previsto.
Festa Junina
Em artigo publicado em 2009, no jornal O Progresso e no site Douradosagora, Edil Luiz da Silva protestou contra o cancelamento da tradicional Festa Junina, por parte do novo prefeito Ari Artuzi, em 2009.
Edil escreveu o seguinte: "Na semana passada, após 8 anos de agonia, descansou em paz a Festa Junina de Dourados, o nosso "arraiá" que nasceu em 1977, e que nesse ano fatídico de 2009, sofreu o golpe de misericórdia pelas mãos de nosso alcaide. Foi cancelada a sua realização que seria no início de julho. Sou douradense aqui radicado e participei ativamente nos primeiros anos dessa festa. Na verdade, ajudei-a crescer, embalei-a em meus braços e a vi dar seus primeiros passos. Cresceu no centro da cidade, em resultado de todo o sucesso foi obrigada a procurar um local com maior infraestrutura. Após uma experiência ao redor do Ginásio Municipal, depois no Parque de Exposições, encontrou o pátio do Estádio Douradão para a sua última morada, lá ficando de 1993 a 2008.O cancelamento dessa festa trouxe-me um sentimento de revolta por ver uma tradição já balzaquiana ser brutalmente extirpada da comunidade douradense, tradição que, sem sombras de dúvidas, já fazia parte do calendário de eventos dessa cidade e que foi pioneira no interior do Estado".
Filho de pioneiro
Edil era filho do pioneiro Camilo Ermelindo da Silva e Purcina Luiz da Silva.
Camilo Ermelindo nasceu no dia 15 de julho de 1896, na antiga localidade de Caracol, hoje Andradas (MG). Era filho de Marcolino Alves da Silva e de dona Paula Gomes Francisca.
Bacharelou-se em Ciências e Letras e graduou-se em Farmácia e Odontologia, em 1915, pela Faculdade de Ouro Fino (MG).
No dia 3 de dezembro de 1923, foi diplomado em Medicina pela faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Camilo Ermelindo veio para Dourados em férias, e aqui ficou. Logo se identificou com a região. Homem afeito aos livros, ele foi um dos mais cultos que a região de Dourados conheceu. Médico humanitário e uma pessoa que gozava de prestígio.
Foi eleito deputado estadual, tendo uma atuação meritória quando da fixação da BR-163.
Foi o idealizador do município de Itaporã e daquela cidade recebeu o Titulo de Cidadão, no dias 10 dezembro de 1964.
De seu primeiro matrimônio deixou uma filha, Enida Silva Milan. Deixou do segundo, dois filhos Ary Alves da Silva e Marcolino Alves da Silva.
De seus último casamento deixou os filhos Paula Francisca da Silva Targas, Eduardo Marcos da Silva e Edil Luiz da Silva. Camilo Ermelindo morreu em Dourados no dia 21 de abril de 1968.



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