Estudantes da Capital criam hipercontos com tecnologias interativas

| ASSESSORIA/FIEMS


Foto: Divulgação

Você já ouviu falar em hipercontos? É um gênero textual novo produzido para ambiente digital, uma forma de hipertexto que permite a interatividade com o leitor com o uso de hiperlinks, imagens e sons.  Alunos da 1.ª série do Novo Ensino Médio da Escola do SESI de Campo Grande aprenderam na prática as estratégias de produção de hipercontos.  

A professora da disciplina de linguagens da Escola do SESI de Campo Grande, Flávia Barros de Andrade, defende o uso de novas tecnologias no trabalho pedagógico e de produção textual. “As tecnologias da informação e comunicação são essenciais atualmente para a produção de sentido e os alunos têm todo o suporte necessário para explorarem esse universo em sala de aula”.

Durante semanas, as professoras Flávia Barros de Andrade e Daniele Navarro apresentaram ideias de narrativas interativas utilizando uma ferramenta já conhecida por muitos, o Power Point. Elas, contudo, exploraram recursos pouco utilizados, como os hiperlinks que direcionam para slides dentro do próprio documento, a criação de botões, as animações que revelam mensagens e os sons que podem ser ativados em uma transição. Assim, os alunos puderam aliar criatividade e pensamento estratégico.

Diversas possibilidades dos fatos

Partindo do princípio de que o espectador não está mais em situação passiva, ele reage e determina acontecimentos. Nesse sentido, pedir uma produção textual não é mais somente esperar que o aluno saiba narrar um fato, mas também incentivá-lo a criar expectativas sobre seus leitores, a temer o que eles temeriam e se antecipar às possibilidades de interpretação. A atividade desenvolvida com os alunos foi o desafio de produzir um hiperconto para que as turmas colocassem sua criatividade em conjunto com a inovação.

Somando-se a isso, os estudantes também produziram trailers para suas narrativas, para colaborarem com um trabalho multimidiático, unindo conhecimentos em desenhos, animes e séries em serviços de streaming que trouxe à atividade a possibilidade de brincar com a realidade. Em seus vídeos, alunos puderam ter dispositivos nos braços que projetam telas com informações ultrassecretas, lidar com um computador invadido por um hacker manipulador e desvendar terras nunca antes habitadas. Ao término, os alunos publicaram seus hipercontos na plataforma e tiveram uma manhã de leituras interativas, revelando finais inesperados e diferentes, como se cada um pudesse criar um novo destino para cada personagem. Como todo trabalho bem produzido, foram premiados aqueles que mais marcaram suas turmas e foram votados.

 A aluna da 1.ª série da Escola do SESI de Campo Grande, Julia Vasconcelos Lima, relata sobre os desafios da produção textual. “Foi um desafio, pois nunca tive contato antes com esse tipo de texto. A disponibilidade das professoras em auxiliar e tirar as dúvidas ajudaram bastante. Adorei aprender mais esse gênero textual”.

 

Enquanto isso, o colega de sala e também estudante da 1.ª série da Escola do SESI de Campo Grande, Guilherme de Sousa Barros, conta o que mais gostou nas aulas. “Foi um aprendizado muito importante, agora uso em todos os meus trabalhos. Fazer um slide em formato de jogo foi muito divertido e difícil em algumas partes, mas eu amei a experiência”.



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