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Ciclo estral em vacas: entenda a importância do monitoramento
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Saber como funciona o ciclo estral em vacas é uma etapa fundamental para alcançar a eficiência reprodutiva bovina. Afinal, é durante esse ciclo que é possível saber quando a fêmea está apta e receptiva sexualmente. Isso garante mais sucesso tanto na monta quando na inseminação artificial.
Portanto, compreender cada uma dessas fases é essencial para médicos veterinários que trabalham com manejo reprodutivo e almejam ótimos resultados. Veja mais informações sobre esse assunto a seguir!
Fases do ciclo estral em vacas
De maneira geral, quando não ocorre a fecundação, o tempo entre um cio e outro pode variar fisiologicamente de 14 a 24 dias. No entanto, ele é menor em novilhas púberes, nulíparas ou primíparas do que em vacas já na fase adulta multíparas (mais de um parto já realizado)
No ciclo estral em vacas, existem duas fases: folicular e luteínica. Confira mais detalhes sobre cada uma delas a seguir!
Fase folicular
Essa é a fase em que há o desenvolvimento folicular. Esse período é dividido em proestro e estro. O proestro dura em torno 2 a 3 dias e é caracterizado por:
baixo nível de progesterona;
desenvolvimento folicular;
aumento dos estradiol no sangue
Assim, após uma determinada concentração dessa substância há um estímulo a manifestação do cio e a liberação massiva do LH, dando início a segunda fase.
Estro e luteínica
A fase de estro é caracterizada pelo aumento do nível de estradiol, que é responsável pela indução na manifestação do cio.
Nesta etapa, o elevado nível desse composto induz a manifestação do cio. Além disso, é nesse momento que há uma série de manifestações fisiológicas tais como a maior dilatação da cérvice, síntese, secreção do muco vaginal. Essas etapas são fundamentais para facilitar o transporte dos espermatozóides no trato reprodutivo feminino.
O processo do ciclo estral em vacas é regulado, basicamente pelos hormônios GnRH, FSH, LH, estradiol e progesterona. Graças a isso, o animal demonstra alguns sintomas de que entrou nesse período reprodutivo.
Além disso é nessa fase entre a ovulação e luteólise que há o desenvolvimento do corpo lúteo. O corpo lúteo, de modo geral, trata-se de uma glândula endócrina temporária que tem como função realizar a secreção de progesterona e, assim, preparar o útero para estabelecer a manter as condições da gestação.
A formação do CL é um processo rápido. No entanto, a luteogênese e a luteólise dependem de uma sequência de eventos que ocorrem após a ovulação devido a mecanismos inter-relacionados e sincronizados. Desse modo, a manutenção da atividade do corpo lúteo depende de um ajuste entre a produção de substâncias durante o ciclo estral e a gestação.
Quais os sinais de uma vaca em estro?
Saber identificar quando a fêmea entra em estro é fundamental para agir rápido. Felizmente, alguns comportamentos e sintomas demonstram que o animal está apto para a monta ou para serem submetidos a algumas biotecnologias reprodutivas, dentre os quais podemos destacar:
Mugidos frequentes;
Inquietação
Cauda erguida
Micção frequente
Redução do apetite
Baixa produção de leite
Mucosa vaginal intensificada
Agrupamento em torno do rufião ou touro
Vale lembrar que essas características também se manifestam no período do proestro. Entretanto, a principal diferença é que no estro, a vaca aceita ser montada, definindo o melhor momento para prosseguir com a monta natural ou inseminação artificial.
Qual é o momento ideal da inseminação artificial ou monta?
Inegavelmente, na reprodução bovina, identificar o momento do início do ciclo estral em vacas é uma tarefa que exige a máxima prioridade. Quando estiver mais próximo do ciclo estral, as fêmeas devem ser observadas pelo menos duas vezes por dia. Pode ser na parte da manhã e à tarde.
De maneira geral, o momento mais adequado para ser inseminada, seja de forma natural ou artificial, é no final do estro. Portanto, se um animal é visto aceitando a monta pela manhã, poderá ser inseminado na parte da tarde. Do mesmo modo, se apresentar os sinais, na parte da tarde, poderá ser submetida à inseminação ou monta na manhã do outro dia. O problema é que, na grande maioria das vezes, as vacas entram nesse momento durante a noite, o que dificulta a observação.
Nesses casos, uma alternativa para quem busca eficiência reprodutiva é utilizar a Inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Trata-se de uma biotecnologia reprodutiva na qual os cios das fêmeas são sincronizados com o auxílio de fármacos e hormônios que já fazem parte do processo fisiológico do aparelho reprodutivo. Assim, elas podem ser inseminadas no momento mais oportuno.
Uma forma de monitorar o momento mais adequado do ciclo estral em vacas é utilizando a ultrassonografia veterinária. Com o equipamento de ultrassom é possível observar a aparência das estruturas presentes no interior do útero e nos ovários. Com isso, é feita a determinação do estágio estral, pois, no período do proestro, a textura é mais uniforme, enquanto no estro, ela se torna mais grosseira e volumosa.
Se você quiser saber mais sobre biotécnicas reprodutivas, acesse nosso artigo sobre Reprodução e produção bovina: aspectos e técnicas fundamentais para ter sucesso na área!
Fonte: CPT Cursos Presenciais
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