Março registra criação de 136.189 empregos formais no país

É o terceiro mês consecutivo com crescimento de postos de trabalho com carteira assinada

| GOV.BR


No mês de março foram criados 136.189 empregos com carteira assinada no país. É o terceiro mês consecutivo com crescimento na geração de empregos formais. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (28/04), pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

As vagas abertas em março são resultado de 1.953.071 admissões e 1.816.882 desligamentos. O estoque, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, em março de 2022 contabilizou 41.293.528 vínculos.

No acumulado de 2022, foi registrado saldo de 615.173 empregos, decorrente de 5.820.897 admissões e de 5.205.724 desligamentos.

“Isso nos permite sonhar com um número acumulado até o final de 2022. Superior àquele que tínhamos programado que era cerca de um milhão de novos empregos. O resultado de março foi positivo em quatro dos cinco setores econômicos, mostrando que a recuperação está alcançando as diferentes atividades econômicas do país. O destaque é do setor de serviços que contribuiu com cerca de 112 mil novas vagas', afirmou o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira.

Os quatro setores da economia que registraram saldo positivo em março foram o de serviços, com 111.513 novas vagas distribuídas principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; construção, com 25.059 novas vagas; indústria, com 15.260 novas vagas; e comércio, com 352 novas vagas.

Foi o mês de março que trouxe de volta o emprego para Karla Melo Ferreira. Após dois anos sem trabalho fixo com carteira assinada, ela foi contratada para trabalhar como auxiliar administrativa em um restaurante recém-inaugurado, em Brasília. Ela está otimista com o recomeço em uma área em que tem experiência e por ter todos os direitos trabalhistas garantidos. Além de aliviar o sufoco financeiro, já que vive com seu filho de 9 anos e a mãe e é responsável pelo sustento da casa.

“É um respirar, porque nesses anos estávamos sem respirar, e aqui trabalho com carteira assinada e tenho todos os meus direitos. O ruim de fazer bico é porque a gente não tem segurança, se ficar doente, fica sem receber. É muito arriscado', disse Karla.

Quatro regiões brasileiras tiveram saldo positivo na criação de vagas de emprego com carteira assinada em março. São elas, o Sudeste (+75.804 postos), o Sul (+33.601 postos), o Centro-Oeste (+20.262 postos) e o Norte (+9.357). Apenas o Nordeste (-4.963 postos) fechou postos de trabalho formal.

No mês de março, 23 das 27 unidades da federação registraram saldos positivos na criação de postos de trabalho com carteira assinada. As capitais que tiveram retração nas vagas de trabalho estão no Nordeste: Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.

Em março de 2022, houve 25.600 admissões e 18.658 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 6.942 empregos, envolvendo 5.382 estabelecimentos contratantes. Um total de 228 empregados celebrou mais de um contrato neste tipo de trabalho.

O trabalho intermitente é aquele em que a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ela ocorre em períodos determinados em horas, dias ou meses.

O saldo de emprego nesta modalidade de trabalho distribuiu-se por serviços (+4.842 postos), construção (+1.596 postos), indústria geral (+733 postos), agropecuária (-9 postos) e comércio (-220 postos).

As admissões em regime de tempo parcial foram 21.574 e os desligamentos foram 16.581, gerando saldo de 4.993 empregos, envolvendo 9.043 estabelecimentos contratantes. Um total de 107 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial.

O saldo de emprego em regime de tempo parcial distribuiu-se por serviços (+3.850 postos), comércio (+1.044 postos), indústria geral (+67 postos), construção (+38 postos) e agropecuária (-6 postos).

Houve 22.440 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, em março, envolvendo 14.963 estabelecimentos, em um universo de 13.881 empresas.

Os desligamentos por acordo distribuíram-se por serviços (11.783 desligamentos), comércio (4.624 desligamentos); indústria geral (3.678 desligamentos), construção (1.566 desligamentos) e agropecuária (789 desligamentos).

Foi criado como registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O registro é usado pelo Programa de Seguro-Desemprego para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais.

É usado também como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho e como subsídio para decisões governamentais.



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