Paternidade: saúde do homem e a infertilidade

Veja quais as causas, prevenção e tratamento da doença que é relacionada ao homem em 35% dos casos

| ASSESSORIA


Nessa época do ano, muito se fala sobre o papel do homem na criação dos filhos, ou ainda sobre a movimentação do comércio em torno do Dia dos Pais. No entanto, um tema importante merece atenção e vem sendo cada vez mais abordado nos consultórios médicos. Estamos falando de infertilidade masculina.

Mais do que genética, a garantia de saúde está diretamente associada às escolhas e hábitos desenvolvidos durante a vida e, quando falamos da saúde do homem, não é diferente.

Segundo Ari Miotto Júnior, urologista e professor do curso de Medicina da Uniderp, a busca por tratamento tem aumentado nos últimos anos, pois os casais têm manifestado o desejo de encarar a maternidade quando em idades já avançadas e, tanto os homens quanto as mulheres, ficam mais expostos a agentes que deterioram a função seminal, com o decorrer do tempo.

São vários os fatores que desencadeiam a infertilidade masculina. “Infecções do sistema urinário; causas genéticas, hormonais ou relacionadas à obesidade e ao uso de medicamentos, além da varicocele, maior causadora da infertilidade em homens”, explica o especialista ao enfatizar que a varicocele é uma doença caracterizada por varizes no cordão espermático e, nestes casos, o tratamento é cirúrgico.

Como forma de prevenção é recomendável acompanhamento médico regular, evitar tabagismo, bebida alcoólica e carne vermelha em excesso. Em casos de doenças do trato urinário, é imprescindível que o tratamento seja realizado o mais rápido possível, pois ele pode diminuir a possiblidade de dano ou lesão no testículo.

Quando identificada a doença, o método de tratamento é determinado de acordo com a causa. “Para cada origem, há um procedimento específico. Se for infecção é preciso tratá-la antes de mais nada. Se o que desencadeou foi distúrbio hormonal, muito comum hoje em dia inclusive em pacientes jovens por conta do uso de anabolizantes com o objetivo de melhorar performance física e ganhar massa muscular, o tratamento ocorre com reposição hormonal para que haja equilíbrio e o homem volte a produzir espermatozoide, salienta o médico.

Como identificar a infertilidade?

Aproximadamente 15% dos casais apresentam dificuldades ligadas ao desejo de serem pais, de forma biológica. “As causas estão relacionadas em 35% dos casos ao homem, 35% às mulheres e 30% ao homem e à mulher. Atualmente há um equilíbrio no índice de infertilidade e o acompanhamento médico deve ser fundamental para ambos os sexos”, destaca o urologista.

Aceitar que há algo incomum na reprodução não é uma tarefa fácil; identificar quando é hora de procurar um especialista muito menos. “Habitualmente considera-se um casal infértil depois de um ano de relações sexuais sem método contraceptivo. É o tempo necessário para investigação e avaliação individual, considerando os fatores desencadeadores já mencionados”, completa. Casos de pacientes mais idosos, que passaram por radioterapia e quimioterapia; ou por procedimento cirúrgico nos testículos, podem ser investigados a partir do momento em que há o desejo de ser pai, considerando o histórico do paciente.

Como principal ferramenta de identificação, o exame laboratorial realizado para avaliar o grau de fertilidade é o espermograma que analisa características gerais da amostra, como aspecto, cor, viscosidade, volume e pH, bem como a concentração, morfologia e motilidade dos espermatozoides. Entretanto, em algumas situações são solicitados pelo médico exames genéticos, entre eles o cariótipo, ultrassom da bolsa testicular e avaliação hormonal geral.

Infertilidade x esterilidade

A diferença de infertilidade e esterilidade é que, no primeiro caso, o quadro pode ser revertido, já no segundo, não é possível.

A infertilidade é diagnosticada após o casal manter tentativas para engravidar e é passível de tratamento. Já o conceito de esterilidade diz respeito às chances inexistentes que independem de hábitos saudáveis e acompanhamento médico.

Portanto, as causas de esterilidade podem ser atribuídas a problemas no sistema reprodutor. Nos homens os casos frequentes são ligados à deficiência na produção espermatozoides; enquanto as mulheres podem apresentar patologias congênitas ou malformações, por exemplo.

Se encaixa no diagnóstico de esterilidade também, métodos contraceptivos definitivos, como a vasectomia (masculino) e a laqueadura (feminino). “Nesses casos, há uma chance de reversão se o procedimento foi realizado no período máximo de dez anos. Não há garantia de sucesso, mas a possibilidade aumenta conforme o menor intervalo entre o método definitivo e o procedimento para sua reversão”, conclui Ari Miotto.

 

UNIDERP

Fundada em 1974, a Uniderp já transformou a vida de milhares de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, mestrado, doutorado e extensão, presenciais ou a distância. Presente no estado do Mato Grosso do Sul, a Uniderp presta inúmeros serviços gratuitos à população por meio do Núcleo de Práticas Jurídicas e das Clínicas-Escola na área de Saúde, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Uniderp oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação de compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais. Em 2014, a Uniderp passou a integrar a Kroton.

Sobre a KrotonMed

A KrotonMed é a unidade de negócio da Kroton voltada para a Medicina. Criada em 2021, a KrotonMed possui mais de 3 mil alunos matriculados no curso de Medicina em 6 instituições de ensino superior: Unic, no Mato Grosso; Uniderp, no Mato Grosso do Sul; Unime Lauro de Freitas e Pitágoras Eunápolis, na Bahia; e Pitágoras Codó e Bacabal, no Maranhão. A KrotonMed possui mais de 7 mil alunos em cursos de Saúde Presencial, mais de 18 mil alunos em outros cursos presenciais de alto valor agregado. Os cursos recebem investimentos constantes para aprimoramento da infraestrutura, que inclui laboratórios e ferramentas que utilizam as mais avançadas tecnologias voltadas ao ensino da Medicina. As instituições possuem parceria com clínicas e hospitais que atendem a população, possibilitando ao aluno acesso a um alto nível de educação que reúne teoria e prática e uma preparação eficiente para sua inserção no mercado de trabalho.



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